As palavras são como cerejas...

Saturday, November 19, 2005

Preconceito


Antes de mais, há que considerar que o preconceito é um tema que vai muito além da questão das raças ou da opção sexual e está intimamente relacionado com a cultura/sociedade em que fomos educados. Cada estereótipo que nos foi incutido, repercute-se de forma positiva ou negativa nas nossas atitudes para com os outros, na nossa maneira de ver o mundo. Fomos educados de tal forma que sempre que nos deparamos com algo diferente, com algo que contraria o habitual isso nos chama a atenção. Afinal de contas, o homem é um animal de hábitos. A questão está na forma como reagimos/ encaramos essas diferenças.
Quanto á questão racial, penso que esta se tem vindo a esbater á medida que a emigração aumenta, assim como outros factores, somos habituados a conviver com indivíduos das mais diversas raças, passando em certos casos a encará-los como iguais e é aí que reside a beleza da diversidade: quando á intercâmbio, quando enriquecemos com a troca de culturas, posso até dizer que nos tornamos pessoas "melhores". Apesar de tudo isto, existem em todo o mundo milhares de pessoas, negros, hispânicos, árabes, não se iludam, brancos que continuam a ser discriminados, a passar por situações irreais, que nos permitem ver quão baixo pode ir a raça humana.
Temos de convencer-nos de que não existem raças boas ou más, existem sim pessoas "melhores" ou "piores". Não existem brancos que são extremamente rudes e mal-educados? Que matam? Que roubam? Perdoem-me a expressão mas todas as famílias têm uma "ovelha negra". Não podemos é esquecer que todos pertencemos a uma mesma raça, a Humanidade. Porque não tirar o melhor partido dela? Porquê ser etnocêntrico quando podemos ganhar muito mais com a igualdade?
Quanto á homossexualidade, bissexualidade, heterosexualidade e por aí, ou seja, as opções sexuais/opções de vida, eu não sou contra, mas acho que é anti-natura, isto é, caso não tenham ainda reparado, o homem e a mulher completam-se, em todos os sentidos. Logo, algo que contrarie isso, contraria a natureza humana. Isso é uma certeza. Mas quem somos nós para dizer o que está certo ou errado? Ou para votar alguém á eterna infelicidade apenas porque tem gostos/opiniões diferentes? Acho que temos de partir do ponto de que é algo diferente, devemos respeitá-lo e aprender a conviver com isso. Penso é que as pessoas que fazem essas mesmas opções não podem querer ser vistas como iguais, porque não o são. Não podem desejar casamento, adopção e esperar que os outros reajam como se nada se tivesse alterado, quem se sente diferente e se assume diferente tem de ter a coragem de ser encarado como tal. Para a terminar uso a frase que melhor descreve a minha opinião. Viva a diversidade, a riqueza que ela nos traz e a maturidade que nos permite.

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