dry...
A tinta secou, forcei-a a escrever…não cedeu.
Os dedos, calejados e dormentes, recusam-se a continuar.
Os olhos, cansados e chorosos, teimam em fechar.
O coração prossegue a sua marcha num compasso lento e sentido.
Cada inspiração me é dolorosa.
A memória não recorda mais nada, abandonando as suas funções e todo o meu pensamento é um grilo que canta numa noite escura.
Fico ali sentada, a sentir o frio a entrar-me pela camisola curta, de olhos pregados no vazio.
Sinto a cabeça a latejar, as lágrimas precipitam-se pelo rosto e tudo se torna indistinto.
Não consigo ver…
Apenas ver-te.
A minha estrada não é a tua…
E nem conseguimos caminhar lado a lado.
Não te amo mais.
E não escrevo nem mais uma letra sobre ti.
Não me ouviste dizer que a tinta secou?
1 Comments:
Que bom...adoro finais assim...uma chamada de atenção para o inicio...
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