As palavras são como cerejas...

Sunday, February 08, 2009

I wish i could...


Voltar a ver as estrelas pela primeira vez, saborear o doce do meu primeiro gelado ou ficar acordada a pensar como seria quando fosse crescida.
Sentir o estômago contorcer-se como no meu primeiro beijo, ou chorar desalmadamente como quando cai a primeira vez de bicicleta.
Ver tudo pela primeira vez, de olhos bem abertos, os cheiros, os sabores, o toque, as sensações e por o cérebro a funcionar além dos tópicos e duvidas do costume que se amontoam como uma manta de retalhos, suja e encardida entre os impulsos eléctricos da massa cinzenta.
Que me explicassem como se joga este jogo para o qual nunca ninguém se deu ao trabalho de me explicar as regras e que chamam descontraídamente de amor.
Que me dissessem que tudo vai ficar bem e me dessem um beijinho na testa antes de dormir, depois de ouvir uma historia que me fazia acreditar que o mundo era feito de fadas e princesas, sapos e trapezistas, cães que falam e lâmpadas que concedem desejos.
Voltar a ser uma folha em branco, sem vícios, preconceitos, frustrações, sem a marca de tudo o que passa por nós e nos torna uma obra de arte ou um esboço.
Não saber como são as pessoas ou ter de prever o quão mesquinhas podem ser.
Não ter de me descobrir ou compreender sem um manual de instruções, não ter tudo nas minhas costas e não querer carregar com o mundo nos ombros.
Ter medo do bicho papão.

Dormir.

Monday, January 26, 2009


"Sei que minto...

Pois o que sinto,

Não é diferente de ti.

Não cedo.

Este segredo.

É frágil e é meu"



Silence 4

Monday, August 13, 2007


14 days to go...

Monday, May 28, 2007

"I used to love him but now i dont"


He didnt even cry
Just smiled and said..
"It has to be this way"
I agreed with my head
felt the tears running inside
It’s like that?
Then ok

I remember the days
The words
The joy
None of that
Anymore

You can change yourself
And run the all wide world
But nothing it’s like it was before

No feelings?
No tears?
It’s easier like this

I’m just assuming there’s no more
No love, no anger, no fears
It is what it is


And when he looked at me that way
I knew…

“ I used to love him, but now I don’t”

Wednesday, April 18, 2007


there he was. this strange little boy, with sad brown eyes. I watched him over and over again in those sunny days. I really couldnt understand. why he sat there, while we were playing? why did he resist when i called him to play with us? I didnt get you little boy, with your great, yet sad, brown eyes. now i know.. you're just a little devil..

Tuesday, February 27, 2007

well..me and she...she and me..


Escolho o vestido, penteio o cabelo molhado com os dedos, chamo-as e vamos por fim para a praia. Ah verão! E as suas muitas festas!
A música soa por toda a noite brilhante, ondulante como as palmeiras, acompanhada de uma brisa suave e da maresia salgada, daquela que beija os corpos morenos. O meu corpo, todo ele embebido neste ritmo, balança, o vestido esvoaça e atravessamos a praia até ao lugar marcado. Tambores e uma guitarra tocam perto da fogueira. São milhares de pessoas, o cheiro de corpos salgados e amores de verão é inconfundível.
Dançamos e rimos, rapazes estranhos intrometem-se uma e outra vez, ora recebendo resposta, ora não, o tempo avança e a brisa da noite traz-me uma sensação de pele de galinha. Sento-me perto da fogueira. E é então que te vejo, tão entretido com a tua guitarra, num dedilhar tão hábil que faz parecer tudo o resto insignificante. E demoro-me em ti. Observo a tua pele morena, os teus braços fortes, o cabelo escuro caído sobre os olhos. Como é possível alguém ter uns olhos assim? Fico a ouvir-te, estupidamente fascinada, sem manter compostura ou elegância, suponho que é assim que deve ser, até que tu paras.
Subitamente embaraçada finjo procurá-las na multidão, tarde de mais, tu reparaste e ficamos os dois a olhar…
Sustenho a respiração. O mundo parou? Por minutos achei que a única coisa que girava era a minha cabeça. Ganho coragem e sorrio-te. És tímido mas retribuis, eu chego-me um pouco. E ficamos assim até ao fim da noite, até a fogueira ser só um fio de luz. Estou tão perto que consigo cheirar o teu perfume. Encosto-me a ti enquanto tocas aquela que me parece ser a musica dos deuses. Não pares de tocar, deixa-me só ficar assim…


22:00! E para variar vamos chegar atrasados! Sempre que arranjamos um contratozeco é isto! Putos despachem-se! Pego na guitarra, ligo o carro e sigo até á praia. Instalamo-nos ao pé da fogueira e começamos a animar a festa. O ambiente é incrível, milhares de raparigas dançam pela praia fora, é incrível como no verão é tão mais fácil apaixonarmo-nos, ou que quer que acontece nestas noites quentes, irresistivelmente atraídos pelos corpos bronzeados e semi-despidos! Belo verão. Tocamos noite a dentro, mais uma música, palmas, risos e eis que a vejo… Vestida de amarelo, pele bronzeada e o cabelo ondulado a cair plos ombros, dourado nas pontas pelo sol. Era para mim que olhavas? Ela fita-me com uns olhos esverdeados enormes e um sorriso como eu nunca vi. Porque não consigo deixar de olhar? Sorrio de volta. Tento tocar alguma coisa que a faça sorrir outra vez daquela maneira. Ela chegasse. O resto fica baço, está é para ti mas só se chegares mais um pouquinho… Encostas a cabeça no meu ombro e cheiro o teu cabelo. Tem cheiro de mar, camomila, coisas doces… cheiro de alguém único como eu senti que eras desde que te sentaste na areia com esses pezinho delicados. Fica. Toco até ser dia se preciso… Deixa-te só ficar assim.

Monday, January 08, 2007


Não precisas de dizer que me amas...
dá-me apenas um bombom*


Vou viajar

Quando voltar não é mim que encontrarás

Vou falar outras linguas, mas não a tua

Os teus olhos já não farão brilhar os meus

E os meus não encontraram resquicío de luz nos teus

Tem de ser

Para ganhar uma batalha por vezes sacrificam-se vidas

outras vezes corações.